Espetáculo Prédios Espelhados Matam Passarinhos – Teatro – 26 e 27 de agosto

Sinopse

Prédios Espelhados Matam Passarinhos parte do mito de Sísifo para abordar as relações de trabalho contemporâneas. As personagens se encontram imersas em um contexto no qual novas tecnologias e vínculos empregatícios se interseccionam. Com ironia e pitadas de humor, o espetáculo expõe as humilhações cotidianas nas quais estamos inseridos e as narrativas que nos aprisionam a estas situações de abuso.

Descrição do Projeto

Prédios Espelhados Matam Passarinhos é um espetáculo que se utiliza das linguagens do teatro, da dança e do audiovisual para recriar o mito grego de Sísifo sob uma perspectiva contemporânea. Durante a peça, presenciamos histórias que abordam situações em diferentes atividades profissionais, com o olhar voltado para as relações entre a classe trabalhadora e as grandes corporações, a tecnologia e as consequências do capitalismo tardio. Em frente a uma projeção, 4 atores e 2 atrizes vestindo macacões revezam personagens e constroem múltiplas interpretações do esforço de Sísifo. Essas diferentes leituras estão representadas tanto visualmente, por meio de pelos blocos que são carregados pelas personagens, quanto textualmente, através de histórias de abusos e humilhações cotidianas as quais trabalhadores estão impostos. O espetáculo aborda também a cidade de Porto Alegre, expondo questões como monopólio comercial, precarização do mercado de trabalho, o impacto das mídias sociais e a exploração dos espaços urbanos por grandes empresas. Durante o espetáculo a projeção complementa a cenografia e determina o ritmo das cenas. Uma pessoa carregando uma câmera entra e sai do palco, amplificando no telão a ação dos intérpretes e propondo um olhar diferente através do enquadramento. Essas imagens têm sua realidade alterada através de mesclagem de efeitos visuais e uma edição que acontece ao vivo, que ressignificam a cena para o espectador. A trilha sonora é produzida pelo GRUPOJOGO através de uma pesquisa de composições e gravações com direitos autorais livres. A dramaturgia do espetáculo é assinada por Gabriel Pontes e foi desenvolvida a partir de improvisos em sala de ensaio em colaboração com os atores e atrizes do grupo durante 6 meses de pesquisa e criação.