Terra Sem Mapa – Teatro – 25 e 26 de agosto – Classificação: 12 anos

Sinopse

Abismados por Teatro, Vrum e Luba resolvem fazer um espetáculo. Em cena, eles revivem lendas e casos e narram histórias de vida e de morte,de exílios e encontros, de casas deixadas para trás e de novos lares. Entre bênçãos e pragas, dançam as lembranças e miram as estrelas. Viajantes de um tempo imaginado perambulam pela terra sem mapa da Memória.

Descrição do projeto

Desde agosto de 2022, Mirna Spritzer e Sergio Lulkin estão imersos no processo de criação de uma peça teatral na qual os narradores contam histórias que povoam suas memórias como filhos e netos de imigrantes, e de tantas outras pessoas que ainda se encontram nessa condição. Colegas desde a graduação na escola de teatro pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, celebram 45 anos de ofício com esta criação. Esse trabalho tem sido nutrido pela literatura, em particular a produção  hispano-americana, e “Terra Sem Mapa”, de Angel Rama, é uma das fontes de inspiração para abordar o tema e da qual foram selecionados trechos de força e poesia. Os personagens narradores, Vrum e Luba, transpõem à matéria viva da cena aquilo que é literatura, tornando-se as vozes – com suas prosódias peculiares – de tantas outras memórias, ora melancólicas, ora bem-humoradas. Terra Sem Mapa é a imagem que traduz tão bem o intuito de contar essas travessias e suas recordações, para além das cartografias, fronteiras e muros.

O espetáculo é construído para habitar qualquer espaço, e os personagens criam o espaço cênico com seus corpos, luz e som. Não há cenografia e nem acessórios. Ao chegarem no teatro, pela plateia, conectando-se ao público instantaneamente, eles estabelecem os lugares e os tempos. Rico em diferentes atmosferas, ora carregadas de humor, ora emocionalmente densas, o espetáculo quer ser teatro em sua expressão mais pura, um palco vazio, o aqui e agora, o pacto da ficção e a imaginação proporcionados por aqueles que são os protagonistas dessa arte, os atores. A iluminação trabalha desde a valorização do palco nu até seu mínimo recorte para buscar imagens e transmitir mensagens de tempos e lugares distintos, valorizando o desenhos dos corpos dos atores em cena, e criando momentos sublimes apenas com a cor branca em diferentes intensidades e temperaturas.