A Mulher que queria ser Micheliny Verunschk

A mulher que queria ser Micheliny Verunschk – Teatro – 29 e 30 de novembro às 19h Classificação: 16 anos Duração: 65 min

A mulher que queria ser Micheliny Verunschk – Teatro – 29 e 30 de novembro às 19h Classificação: 16 anos
Duração: 65 min

Sinopse

“A MULHER QUE QUERIA SER MICHELINY VERUNSCHK”, romance de Wilson Freire, chega ao teatro em novo espetáculo da Cia Stravaganza. “Micheliny” traz ares marítimos de uma mulher que, desde pequena, só conhece a dor. Adolescente, foi apresentada ao sexo de jeito forçado. Crescida, quis ser escritora. Achava que as pessoas aprendiam a ler olhando as letras, as palavras dos livros e elas pulavam para dentro dos olhos e saíam pela boca – ela diz, deixando escapar a ingenuidade de uma garota educada num ambiente masculino, em zona portuária. Ela sai pouco de seu aquário, seu contato com o mundo são os homens que passam por sua vida, mas logo se vão, em seus navios. A personagem é um “porto sem cais”, vê a vida passar e sumir no mar, em constante imobilidade, mas sua imaginação é gigante: gosta de garatujar letras, cascavilhar ideias, chafurdar frases à procura da inspiração para contar a sua própria história. Mas como, sem um nome à altura dessa enorme tarefa, um pseudônimo de escritora?

Descrição do Projeto

Um dos pontos fundamentais na nossa abordagem do romance de Wilson Freire e sua transposição para a forma teatral é trazer para a cena, em visualidade, o MAR, a ESCRITA, o Teatro de Formas Animadas, e tantos outros recursos que dinamizam e transcriam o texto de “A MULHER QUE QUERIA SER MICHELINY VERUNSCHK” para o teatro. Na busca de uma ampliação de sentidos da obra e ainda de um mote para compor a cena com outras formas de narrar. A atuação se desdobra em duas formas de narrativa: a documental/real (relatos da atriz) e a teatral/ficcional (relatos da “MULHER QUE QUERIA SER…” e de outros personagens da obra). Por meio de contrastes, a atriz joga com a construção e a desconstrução de teatralidades, dando voz ao performativo enquanto reflexão e denúncia, mas sem perder de vista as metáforas e a poesia. A vida da protagonista se divide entre seu AQUÁRIO – a palafita onde vive, rabisca e escreve, cercada de água por todos os lados e o CAIS, os bares portuários, lugar de encontro de estrangeiros onde ela busca os clientes quando jovem e limpa as latrinas dos bordeis na meia idade. Na encenação, o AQUÁRIO se revela um espaço triangular, reduzido, íntimo. Uma plataforma que remete a um trapiche sobre o mar leva aos espaços exteriores, ao CAIS, aos bares do porto.

Ficha Técnica

Atriz: Sandra Possani.

Diretora: Adriane Mottola.

Texto: Wilson Freire.

Dramaturgistas: Feranando Kike Barbosa, Adriane Mottola, Angela Spiazzi, Sandra Possani.

Diretora de Movimento e Assistente de Direção: Angela Spoazzi.

Cenografia: Rodrigo Shalako.

Figurino: Liane Venturella.

Iluminação e Videografia: Ricardo Vivian.

Cena Sonora: Álvaro Rosacosta.

Música: EL TIEMPO TEJE HISTORIAS (Álvaro RosaCosta) / Arranjo, violões e charango.

Beto Chedid / Voz: Simone Rasslan / Edição e percussão: Álvaro RosaCosta.

Maquiagem: Miriã Possani.

Designer Identidade Visual: Pingo Alabarce.